As agências de pregadores funcionam como organizadoras das agendas dos pregadores e negociam com as igrejas interessadas.
Com o crescimento constante do número de evangélicos no país, e a expansão das igrejas neo-pentecostais, uma espécie de serviço vem se popularizando entre líderes de igrejas e pregadores: as agências de pregadores.
Não é exatamente novidade, pois essas organizações existem há um certo tempo, porém um certo crescimento vem sendo registrado nesse ramo. As agências de pregadores funcionam como organizadoras das agendas dos pregadores e negociam com as igrejas interessadas detalhes a respeito da contratação: desde o estilo do pregador até valor do cachê, ou ainda, cursos de pregação.
A organização em formato sindical também já existe, e os pregadores podem filiar-se preenchendo um cadastro e pagando um valor de taxa de inscrição. O Conselho Oficial dos Pregadores Evangélicos do Brasil oferece sistema de pagamento on line e pede renovação a cada um ou dois anos do cadastro. O tempo de duração do cadastro é uma escolha do pregador, que pode optar por pagar um valor menor por um ano, ou um valor maior, referente a dois anos de filiação.
O pastor Ciro Sanches Zibordi republicou recentemente um artigo em que ele se coloca frontalmente contrário a esse tipo de serviço e organizações: “Em nossos dias — para tristeza do Espírito Santo — pertencer a uma agência de pregadores tornou-se comum e corriqueiro”.
Zibordi afirma que “o pregador, de uns tempos para cá, se transformou em um produto. Há alguns anos, depois de eu ter pregado em uma igreja (não me pergunte onde), certo pastor me disse: ‘Gostei da sua pregação, mas o irmão conhece algum pregador de vigília?’. Achei curiosa essa pergunta, pois eu gosto de oração, já preguei várias vezes em vigílias, porém, segundo aquele irmão, eu não serviria para pregar em uma vigília”.
Para o pastor, somente conhecimento bíblico e o dom da oratória não são suficientes: “ser pregador, hoje em dia, não basta. Você tem de atender às preferências do povo. Já ouvi irmãos conversando e dizendo: “Fulano é um ótimo pregador, mas não é pregador de congresso” ou “Fulano tem muito conhecimento, mas não gosta do reteté”.
O pastor e blogueiro também classifica os tipos de pregadores existentes e descreve as características de cada um, com base na forma de falar e no público que atrai. Ciro ainda relata que o surgimento das mídias sociais proporcionou um ambiente para que os pregadores ganhassem fãs e fóruns de debate sobre características e competências de cada um, gerando uma competição promovida pelos internautas para decidir qual é o melhor dos pregadores: “Nos sites de relacionamento encontramos comunidades pelas quais os internautas mencionam quem é o seu pregador preferido e por quê”.
Fonte: Gospel + | Divulgação: acprodartenews