A DOUTRINA E A IMPORTÂNCIA DA MORDOMIA CRISTÃ (1 Pedro 2.18-25)
1. Definição
Há dois incidentes bíblicos que nos ajudam a esclarecer os deveres de um mordomo.
- Encontramos o primeiro com Eliézer, servo de Abrãao (Gn 24.2)
- O segundo exemplo está relacionado a José. (Gn 39.4 e 6)
II – BASE BÍBLICA DA DOUTRINA
A Bíblia ensina, por preceitos e exemplos, que somos mordomos de Deus. Ele nos confiou a administração de bens e poderes que Lhe pertencem, e a Ele tão-somente.
Através dos séculos, passado o período apostólico, cristãos têm aberto o Livro Sagrado milhares de vezes. Todos têm procurado viver as verdades bíblicas. Causa-nos estranheza, porém, verificar que a doutrina da mordomia nunca chegou a ocupar, nos escritos e na vida deles, o lugar que merecia. Só nas últimas décadas é que se tem dado uma ênfase maior ao estudo da mordomia.
Vamos expor resumidamente o que as Escrituras têm a dizer sobre a mordomia. Estamos certos de que as passagens indicadas vão merecer um estudo cuidadoso.
Vale a pena você dedicar um tempo para ler cada uma das passagens e para meditar nas verdades que elas apresentam.
1. O universo pertence a Deus (Gn 1.1; 14.22; Dt 10.14; 1 Cr 29.13-16; Sl 24.1; 50.10-12; 89.11; Jr 27.5).
2. O homem pertence a Deus:
- Por direito de criação (Gn 1.27; 2.7; Is 42.5; 43.1-7; Ez 18.4).
- Por direito de preservação (At 14.15-17; 17.22-28; Cl 1.17; 1 Pe 1.5).
- Por direito de redenção (Ex 19.5; 1 Co 6.19,20; Tt 2.14; ap 5.9).
III - A IMPORTÂNCIA DA MORDOMIA NA VIDA CRISTÃ
Talvez não haja outra doutrina capaz de influenciar tanto a vida de um crente como a da mordomia. Para isso, contudo, deve ser devidamente compreendida e praticada.
1. Senso do sagrado
Antes de tudo, deixará de existir em nossa vida a diferença que, em geral, se faz entre atividades religiosas e seculares. A religião não será mais uma atividade que tome de nós certos dias e horas. Cada minuto de nossa vida será sagrado, porque pertence a Deus. Nosso trabalho deixará de ser uma coisa mecânica e material para ser algo inspirado pela graça de Deus. Estamos cooperando como o Senhor no desenvolvimento e progresso de um mundo que ele mesmo criou e mantém.
Enquanto fugia do irmão Jacó teve a visão maravilhosa de uma escada, cujo topo tocava ao céu, e pôde ver a Deus no seu trono de glória. Ao despertar do sono, exclamou: “Na verdade, o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia” (Gn 28.16).
O mordomo fiel, despertado por uma visão nova e mais ampla, verá a Deus e a mão divina em lugares e coisas que lhe pareciam despidas de caráter religioso. Não só a igreja, mas o lar, o trabalho e a escola participam dessa esfera sagrada, porque Deus está em toda parte como criado e preservador. Não haverá mais coisas lícitas aqui e ilícitas lá, porque todo o lugar que a planta do nosso pé pisar será terra santa (Êx. 3.1-5).
2. Senso de responsabilidade
O conceito cristão de mordomo fará aumentar ainda o senso de nossa responsabilidade. Eis perante nós um mundo criado por Deus, com tudo quanto nela há, por cujo desenvolvimento somos responsáveis. Eis aqui nós mesmos, criados à imagem de Deus, e tendo de prestar constas da nossa vida, em toda a riqueza de suas manifestações. Eis aqui também almas imortais, sem conhecimento da graça salvadora de Cristo, às quais nos cabe levar a boa-nova. Tremendas são as nossas responsabilidades como mordomos de Deus!
3. Senso de dependência
Cientes de nossa fragilidade e incapacidade para bem desempenhar a mordomia, somos levados a depender do Espírito Santo. Deus faz com que seu espírito habite em nossa alma para conduzir-nos à vida abundante de despenseiros da sua multiforme graça (1 Pe 4.10)
Temos a preciosa promessa de Jesus, que nos garante a assistência do espírito a fim de nos orientar no bom exercício de nossa mordomia. Ele nos esclarece quanto aos deveres cristãos, fortalece-nos para o desempenho da tarefa de cada dia, purifica-nos a fim de que sejamos “utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra” (2 Tm 2.21). Nenhum mordomo poderá servir como eficiência se não tiver uma vida orientada pelo Espírito divino.
IV – O SUPREMO EXEMPLO
Jesus não só ilustra a verdade da mordomia em seus ensinos, mas ilustra de modo muito claro e sobremodo inspirador na própria vida. Ele se reconhecia mordomo de Deus encarregado da tarefa supre de alcançar a reconciliação com a raça humana. Ele passou a vida toda orientado por esse propósito. Seu desejo constante era fazer a vontade daquele a serviço do qual se encontrava na Terra.
Como mordomos de Deus, não estamos palmilhando uma estrada virgem. Ela já foi pisada por alguém que é o supremo modelo dos que desejam ser fiéis despenseiros. Ele nos deixou o exemplo para que sigamos suas pisadas (1 Pe 2.21).
Inspirados na magnífica personalidade de Jesus caminhemos com passos firmes. Avancemos como mordomos que não têm de que se envergonhar, que procuram desempenhar com fidelidade a tarefa que lhes foi entregue!
“A mordomia bíblica é o reconhecimento da soberania de Deus, a aceitação do nosso cargo de depositários da vida e das possessões, e a administração destas de acordo com a vontade de Deus.”
A palavra mordomo tem uma significação profunda para a vida cristã. Dizer a um crente, porém, que ele é mordomo de Deus, nem sempre lhe desperta o coração para os incontáveis privilégios e responsabilidades dessa função. Isso acontece porque o significado da palavra é pouco conhecido.
Mordomo quer dizer, literalmente, ecônomo, isto é, aquele que é incumbido da direção da casa, o administrador. É a pessoa a quem é entregue tudo quanto o patrão possui para ser cuidado e desenvolvido. É aquele a quem o dono da casa incumbe do governo daquilo que lhe é mais precioso. Em linguagem bíblica isso quer dizer não só terras, dinheiro, jóias e bens materiais em geral, mas também o cuidado da esposa e dos filhos do senhor, bem como a reputação e até a vida dele. Daí podemos concluir o que o Senhor exige de nós quando nos constitui mordomos seus. É com temor e tremor que devemos assumir nossa responsabilidade. Contudo, por outro lado, é também com regozijo em nosso coração, por ele nos ter confiado um posto de tantas oportunidades para glorificar seu santo nome.
2. ExemplosHá dois incidentes bíblicos que nos ajudam a esclarecer os deveres de um mordomo.
- Encontramos o primeiro com Eliézer, servo de Abrãao (Gn 24.2)
- O segundo exemplo está relacionado a José. (Gn 39.4 e 6)
II – BASE BÍBLICA DA DOUTRINA
A Bíblia ensina, por preceitos e exemplos, que somos mordomos de Deus. Ele nos confiou a administração de bens e poderes que Lhe pertencem, e a Ele tão-somente.
Através dos séculos, passado o período apostólico, cristãos têm aberto o Livro Sagrado milhares de vezes. Todos têm procurado viver as verdades bíblicas. Causa-nos estranheza, porém, verificar que a doutrina da mordomia nunca chegou a ocupar, nos escritos e na vida deles, o lugar que merecia. Só nas últimas décadas é que se tem dado uma ênfase maior ao estudo da mordomia.
Vamos expor resumidamente o que as Escrituras têm a dizer sobre a mordomia. Estamos certos de que as passagens indicadas vão merecer um estudo cuidadoso.
Vale a pena você dedicar um tempo para ler cada uma das passagens e para meditar nas verdades que elas apresentam.
1. O universo pertence a Deus (Gn 1.1; 14.22; Dt 10.14; 1 Cr 29.13-16; Sl 24.1; 50.10-12; 89.11; Jr 27.5).
2. O homem pertence a Deus:
- Por direito de criação (Gn 1.27; 2.7; Is 42.5; 43.1-7; Ez 18.4).
- Por direito de preservação (At 14.15-17; 17.22-28; Cl 1.17; 1 Pe 1.5).
- Por direito de redenção (Ex 19.5; 1 Co 6.19,20; Tt 2.14; ap 5.9).
III - A IMPORTÂNCIA DA MORDOMIA NA VIDA CRISTÃ
Talvez não haja outra doutrina capaz de influenciar tanto a vida de um crente como a da mordomia. Para isso, contudo, deve ser devidamente compreendida e praticada.
1. Senso do sagrado
Antes de tudo, deixará de existir em nossa vida a diferença que, em geral, se faz entre atividades religiosas e seculares. A religião não será mais uma atividade que tome de nós certos dias e horas. Cada minuto de nossa vida será sagrado, porque pertence a Deus. Nosso trabalho deixará de ser uma coisa mecânica e material para ser algo inspirado pela graça de Deus. Estamos cooperando como o Senhor no desenvolvimento e progresso de um mundo que ele mesmo criou e mantém.
Enquanto fugia do irmão Jacó teve a visão maravilhosa de uma escada, cujo topo tocava ao céu, e pôde ver a Deus no seu trono de glória. Ao despertar do sono, exclamou: “Na verdade, o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia” (Gn 28.16).
O mordomo fiel, despertado por uma visão nova e mais ampla, verá a Deus e a mão divina em lugares e coisas que lhe pareciam despidas de caráter religioso. Não só a igreja, mas o lar, o trabalho e a escola participam dessa esfera sagrada, porque Deus está em toda parte como criado e preservador. Não haverá mais coisas lícitas aqui e ilícitas lá, porque todo o lugar que a planta do nosso pé pisar será terra santa (Êx. 3.1-5).
2. Senso de responsabilidade
O conceito cristão de mordomo fará aumentar ainda o senso de nossa responsabilidade. Eis perante nós um mundo criado por Deus, com tudo quanto nela há, por cujo desenvolvimento somos responsáveis. Eis aqui nós mesmos, criados à imagem de Deus, e tendo de prestar constas da nossa vida, em toda a riqueza de suas manifestações. Eis aqui também almas imortais, sem conhecimento da graça salvadora de Cristo, às quais nos cabe levar a boa-nova. Tremendas são as nossas responsabilidades como mordomos de Deus!
3. Senso de dependência
Cientes de nossa fragilidade e incapacidade para bem desempenhar a mordomia, somos levados a depender do Espírito Santo. Deus faz com que seu espírito habite em nossa alma para conduzir-nos à vida abundante de despenseiros da sua multiforme graça (1 Pe 4.10)
Temos a preciosa promessa de Jesus, que nos garante a assistência do espírito a fim de nos orientar no bom exercício de nossa mordomia. Ele nos esclarece quanto aos deveres cristãos, fortalece-nos para o desempenho da tarefa de cada dia, purifica-nos a fim de que sejamos “utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra” (2 Tm 2.21). Nenhum mordomo poderá servir como eficiência se não tiver uma vida orientada pelo Espírito divino.
IV – O SUPREMO EXEMPLO
Jesus não só ilustra a verdade da mordomia em seus ensinos, mas ilustra de modo muito claro e sobremodo inspirador na própria vida. Ele se reconhecia mordomo de Deus encarregado da tarefa supre de alcançar a reconciliação com a raça humana. Ele passou a vida toda orientado por esse propósito. Seu desejo constante era fazer a vontade daquele a serviço do qual se encontrava na Terra.
Como mordomos de Deus, não estamos palmilhando uma estrada virgem. Ela já foi pisada por alguém que é o supremo modelo dos que desejam ser fiéis despenseiros. Ele nos deixou o exemplo para que sigamos suas pisadas (1 Pe 2.21).
Inspirados na magnífica personalidade de Jesus caminhemos com passos firmes. Avancemos como mordomos que não têm de que se envergonhar, que procuram desempenhar com fidelidade a tarefa que lhes foi entregue!
“A mordomia bíblica é o reconhecimento da soberania de Deus, a aceitação do nosso cargo de depositários da vida e das possessões, e a administração destas de acordo com a vontade de Deus.”
Pr. Gualter Guedes
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